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meu bem, não me diga o que fazer
um desejo ignorado é um eterno sofrer
eu quero bater nas costas do mundo
cara-a-cara num desgosto profundo
reparo nas putas e travestis num estilo casual
jogando no bicho nas entranhas do banco central
vou sair, por aí,
cumprimentar os mendigos com ar de marginal
cuspindo o tempo sobre os meios-fios da avenida
lixo de butique são duplicatas vencidas
assassinadas com a moral falida
hey burguesia!
a gente se vê na fila do caixa eletrônico
vestidos de ladrão num terno monocrômico.

3 glosas.:

Dayane Abreu disse...

Ah, poxa. Não sou tão medrosa assim que ficaria sem arriscar. A vontade é maior do que o medo.
Meu msn é dayaneabreu924@hotmail.com, tá?

Inã disse...

Essa sua crônica (ou será um conto) me fez lembrar das histórias do escritor marginal, Bukowski no qual os seus personagens tem eternas desventuras com porres e relacionamentos baratos.

Gostei em especial do final, quanto ficar na fila e encontrar a burguesia.

Abraços!

Rita disse...

wow.

isso dava uma otima música.
: )