descalculando o que há demais e de menos.

se o que chamo de quarto é o que abriga o que chamo de corpo, e que está frio agora com uma xícara morna em repouso na coxa áspera, então está tudo bem. daqui a pouco eu morro morno. depois de ficar quinze horas esperando o abatimento do tempo me dizer que a camada solta e invisível que coloro quando desfilo pelas ruas do bairro ainda me pertence. até mesmo sem contar que a dízima que a vida multiplica por dias futuros é igual a todos os amanhãs que virão com mais cafés e subtração. daqui a pouco vem o momento que distrai o que chamo de pausa-perpétua-de-pensamento. vamos aguardar.
e ver o que ainda temos na despensa.