O cotonete de Van Gogh e seu irmão Cornelius

olha lá a linha da vida escorrendo na palma da mão suspensa. abusando o pulso frouxo do lado de fora da banheira. eu sou daqueles que respeita a subversão e a submersão. como aquele cachorro ali lambendo o anel de formatura a quinze minutos. quinze minutos de mistério. outro tempo, o tempo canino. porque os objetos sustentam a memória de um corpo morto mais que o próprio. mesmo que os pertences são entregues à família, graças ao esquecimento, alguns brincos pequenos e modestos sobrevivem ao necrotério.