sempre quando uma alma espera

sem poder estar no lugar que se quer
sem folhas no calendário passado
sem saber se homem ou mulher
sem liberdade de fugir do fadado

sem tempo de entrar no ritmo
sem pecado pra brincar de amor
sem desejos para construir o íntimo
sem devolver ao corpo o furtado calor

sem ter razões pra revoltar
sem sentimentos para cometer
sem o agora fugaz
sem uma história para ser

semanas
semelhanças
semáforos
sempiternos.


Uma humilde comemoração à minha centésima composição.
Só pra não passar em branco. 100 é significativo. 101 tbm...

3 glosas.:

Fabiano Che disse...

Poxa, mim senti...

Esse jogo de palavras, palavras essas que parecem que forama feitas exatamente para serem colocadas ali em cada poema.

Vida Longa ao Si Sente
Espero ser o primeiro a postar no texto 200...

Giuliano Marley disse...

Isso de post nº 50, 100, é escusado... (http://atestadopedante.blogspot.com/2009/10/certificado-parlapatao-n-50.html)

Entretanto, estamos falando de Si sente., onde o inútil vira verso.

Vanessa Gomes disse...

Pra escrever poeticamente não é necessário vontade, e sim talento.

E isso sobra por aqui, cara.

Escreve muito, Gomes.

=)