Colapso

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pelas tuas entranhas gustativas quero chegar ao seio cardíaco e dissipar-me em cada artéria chegando e invadindo a sua intimidade psíquica e translúcida. invado avidamente suas ilusões até preencher seus poros de uma pura fantasia tragicamente madura, e só então me permito dissolver em sua alma. feito uma matéria choca e queda permanecerei em ti à espera de outro ímpeto prazeroso para me regenar num desabrochar vivaz. não tenho culpa do corpo ter a característica atroz de se permitir corpos alheios para se completar. muito menos do descontrole orgíaco em que se libertam as ideias.